terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Mais Que Amor

  # ALGUNS TRECHOS ESTÃO COM A FONTE MUITO GRANDE OU MUITO PEQUENA, NÃO CONSIGO ARRUMAR, DESCULPEM #

  Cheguei na tarde do dia anterior, o lugar estava tão bonito quanto eu me lembrava, o palco pequeno, montado próximo a cozinha que tem uma frente colorida, de costas para o estacionamento cada vez mais cheio. Ali estava acontecendo um festival de fim de ano e como era de se esperar, fazia bastante calor, eu vestia um short e uma camiseta longa.
  Naquelas poucas horas, conheci muitas pessoas diferentes, ouvi histórias e músicas, reencontrei alguns amigos que não via ha tempos e bebi.
  Na hora do almoço o clima me fez perder a fome, tomei apenas um banho frio para me refrescar e vesti uma saia, combinada com minha regata branca,  depois me abriguei na sombra em frente ao palco, com algumas pessoas. Ficamos ali conversando com o cigarro entre os dedos.
  Não sabia que horas ele chegaria mas sabia que não iria demorar, não conseguia evitar de ficar olhando para o portão, imaginando em que momento veria sua figura o adentrando.
   Desde que sentei ali, não demorou muito para que enfim chegasse, o vi descer do carro e entrar com uma bolsa nas costas. A vontade que tive foi de correr e abraça-lo, mas por não achar que esse desejo seria correspondido, me contive e contentei em ve-lo de longe e sorrir, não só por dentro mas por fora.
  Não evitei o sorriso que veio ao enxerga-lo. Lindo como sempre, já chegou rindo e sorrindo, indo de encontro a seus amigos. 
  Algumas noites atrás eu comentei sobre sua beleza e sobre o quanto meu coração não aguentaria ve-lo iluminado pela fogueira ou pela Lua. Apesar de durante o dia fazer muito calor, a noite as temperaturas caíam e todos se reuniam em volta do fogo.
  Levantei e fui ao seu encontro, tentando não demonstrar muita animação o abracei e beijei seu rosto, depois voltei para a sombra, teríamos tempo ainda.
  Passei a tarde o vendo apenas de longe, aproveitei o evento, assisti as apresentações, participei de diversas oficinas e visitei uma trilha.
  Ao entardecer o tempo já estava mudando, troquei a saia e a regata por uma calça não muito grossa e um casaco, depois de tomar outro banho. 
  A noite finalmente chegou, o luar dava um efeito bonito nas nuvens e as 22hr, estávamos a maioria um pouco altos. A música estava ótima, uma banda já tinha subido ao palco e outra se aprensentava naquele momento.
  Desencontrada das pessoas que foram ao evento comigo, continuei ali sentada porém não tão próxima, estava de olhos fechados com uma canga rosa sobre as costas, curtindo não apenas a música mas também os risos a minha volta. Não sei se foi o álcool, a erva ou até o local mas uma sensação de calmaria me tomava.
  Quando tocaram sua última música, despertei para o meu redor, abri os olhos e decidi procurar rostos conhecidos, saí debaixo da tenda e andei até a fogueira. De um lado avistei algumas pessoas que conheci mais cedo e do outro estava ele, aparentando estar tão entorpecido quanto eu.
  Não estava a conversar com ninguém, apenas seus olhos castanhos que refletiam o fogo e pareciam sem direção.
Sem pensar duas vezes me aproximei, os pés descalços na grama fria não eram incômodo.
  Parei em pé atrás dele que estava sentado e não me percebeu. Ainda em pé abaixei a cabeça na altura da sua, inclinando meu corpo para frente, deixei meu cabelo cair sobre o seu e lhe dei um beijo próximo a testa, meio sem equilíbrio.
  Ele ergueu o rosto e me olhou, nos fitamos por alguns segundos, entao sorriu e disse para que eu sentasse ao seu lado e o fiz. Sentei ao seu lado mas me sentia hipnotizada, não conseguia dizer uma palavra que fosse, fiquei parada o olhando sorrir e sorrindo de volta, pensando em mil coisas e não sabendo expressa-las. Apenas o abracei e demos uma risadinha, me abraçou de volta e nos soltamos, começando uma conversa. Eu amo o ver falar, seus olhos como de criança e a voz suave me são agradáveis, sua expressão empolgada lhe davam um ar de inocência que me atrai ainda mais. 
  Olhei para sua boca desde o primeiro instante, tão pequena, rosada e com um formato que parecia desenhada. Coloquei a mão em seu rosto e o vi parar de falar no mesmo instante, me olhou nos olhos e não hesitou quando me aproximei ainda mais. Sem pensar o beijei, deixando cair a canga que estava em minhas costas. Com os sentidos aguçados pela bebida, pude sentir nossos corpos extremecerem juntos, naquele beijo que já durava alguns minutos, com algumas pausas para entreolhares. 
Sentia suas mãos me puxando mais para perto e eu desejava aquilo, desejava senti-lo, não só suas mãos mas todo seu corpo. Nossas respirações já estavam ofegantes e minhas mãos desceram por suas costas, o que nos aquecia naquele momento não era mais o fogo. Mas ainda estávamos próximo a fogueira, ainda haviam pessoas por perto e não podíamos continuar ali. Até quis ignorar e que continuassemos mas não seria agradável para quem estivesse perto.
  Demos um último beijo e nos levantamos, recolhi o pano que deixei cair e saímos. A maioria das pessoas estavam curtindo o show ou se aquecendo, então pudemos sair ser sermos percebidos. Não sabíamos para onde estávamos indo, apenas caminhamos pela grama, para longe de todos.
  Acabamos por ir para próximo de minha barraca e ficamos ali parados sem nos sentarmos. Ele novamente me puxou e voltou a me  beijar, dessa vez com mais calor do que antes, não parecia se contentar em tocar minha cintura e eu também não queria tocar apenas suas costas por cima das roupas.
  Novamente com as respirações ofegantes, nos beijavamos calidamente e pude sentir seu sexo já teso que encostava em minha coxa, meus pés tentavam achar uma altura em que minha vagina pudesse encosta-lo. 
  Quando suas mãos desceram para minha bunda, era hora de nos reservarmos. Convidei-o para que nos abrigassemos dentro da pequena barraca, onde só havia um colchão e minha mochila de roupas.   Entramos e fechei o zíper, enfim a sós. Nos olhávamos com desejo, dessa vez livres de olhares de fora, eramos apenas nós, eu e ele. Sentado, sentei-me em seu colo com as pernas abertas, de frente para ele, com os joelhos no chão, segurando seu rosto e abaixando um pouco a cabeça para beija-lo. O encaixe era perfeito, nossos corpos se atraíam e já começavam a suar.
  Agora eu já podia sentir seu sexo encostando no meu, ainda que sem contato direto, sentia ficar mais molhada a cada segundo. Ele jogou seu corpo para trás e o meu, eu estava sobre ele agora, comecei a beijar seu pescoço enquanto esfregava meu corpo no dele, o sentia arrepiar e ergui os braços para que pudesse tirar minha blusa. Naquela noite eu não estava usando sutiã, então fiquei nua da cintura para cima. Ainda de joelhos sobre seu corpo, fiz o mesmo, tirei sua camiseta e o deixei em parte despido. Sua pele branca com algumas pintas, deixava levemente aparente suas costelas, magro que era, então me puxou e jogou nossos corpos para o lado, ficando de frente para mim, me olhando fundo nos olhos até onde era possível, já que não estávamos em um ambiente muito iluminado. Minha calça era de um tecido fino e maleável, o que facilitou o que veio a seguir. A mão passeou minhas coxas e subiu, o senti apalpando meus mamilos e depois descendo em minha barriga, entrando em minha roupa e acariciando minha vagina, primeiro por cima da calcinha e depois por dentro. Seus dedos deslizavam fácil, já que estava muito excitada, os suspiros já quase eram gemidos baixos, seu indicador me penetrava junto com o médio.
  Depois de alguns minutos assim, parou e terminou de tirar minhas roupas, eu que já estava sem minha blusa, agora estava completamente nua. Voltei para cima dele e nem o chão duro era um problema, beijando e lambendo seu pescoço, desci por seu peito, pela barriga, deixando que meus seios se encostassem pelo caminho, dei uma pequena pausa na altura do umbigo, apenas do tempo de abrir a fivela de seu cinto,  segui beijando sua barriga cada vez mais para baixo e tirando suas roupas ao mesmo tempo, passada do joelho, terminei de tirar suas calças e sapatos. Estávamos completamente nus. Minha língua passava suavemente por sua glande e percorria seu pênis de baixo para cima e de cima para baixo, com movimento lentos, depois o coloquei inteiro em minha boca e o chupava com vontade. Sentia as mãos que puxavam meu cabelo e empurravam minha cabeça, seu corpo se contorcia e a respiração rápida e alta o entregava. 
  Subitamente o vi se levantar e estar novamente sentado, me erguendo e beijando, já indo com seu corpo para cima do meu e fazendo o mesmo que fiz há alguns minutos, desceu por minha barriga até chegar em minha vagina e senti sua língua quente enquanto eu escorria,  a respiração ofegante já se tornara gemidos baixos e meus dedos entrelaçavam-se ao cabelo dele, que me penetrava com o dedo e com a língua em movimentos rápidos me deixava em estado de ecstasy.
  Mais do que seu corpo, eu podia sentir sua energia, o sentia vibrar no mesmo ritmo que eu e nossas epidermes que arrepiavam ao se avizinharem.
  Quando ele parou e voltou a colocar seu corpo sobre o meu, pude sentir seu sexo ereto encostar no meu, nos olhamos nos olhos e sabíamos que era o que queríamos fazer. Nos encaixamos e senti ser penetrada, os gemidos já não eram baixos e minhas unhas marcavam suas costas, nos beijavamos e sentia seu pênis que entrava e saía de mim com força, em movimentos rápidos e depois lentos, quando eu não parecia mais aguentar. Nossos corpos suavam e se desejavam intensamente. E aquela com certeza foi a noite da minha vida, ainda que não da melhor forma mas com a melhor pessoa que poderia ter sido, no momento mais bonito e mais do que sexo, naquela noite fizemos amor, fizemos carinho, mais do que desejo carnal, foi com a alma, seu corpo penetrou o meu e seu ser adentrou o universo em mim. 
Depois de algumas horas ali nus e abraçados, nem mesmo dormimos, ficamos nos acariciando, olhando, o mundo não importava naquele momento, nem se alguém estava nos procurando. Mais do que transado, havíamos nos entregado.

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